Nesta semana completarei 35 anos. Pretendo, até lá, expor aqui um pouco dos pensamentos que têm estacionado em minha cabeça nesse dias que antecedem esse evento!!!
Para começar, de tempos em tempos ocorrem alguns balancetes, eu até tento evitá-los, mas eles acabam por se impôr inevitáveis.
Uma das colocações que tenho me posto é como estou e por que estou. Se é meu caro leitor, que você existe e costuma ler minhas divagações, deve ter percebido que tenho sempre colocado algumas inquietudes aqui.
Uma das principais, em que vivo uma certa crise de insatisfação, é a profissional. E ela em si mesma já passou por algumas fases: a constatação de que as coisas não eram como pensei que seriam, de que não havia alunos ávidos e sedentos pelo conhecimento cuja construção eu poderia ajudar. A revolta, "é preciso fazer algo, eu preciso fazer algo", a descoberta de que há coisas com as quais não dá pra medir forças, a de que se desilude, e que até se gosta do que faz, mas realmente não está mais afim.
E por não estar mais afim, tenho dois caminhos, encerrar-me na zona de conforto que é enfrentar o cruel, mas conhecido cotidiano, ou buscar algo pelo qual sinto-me desafiada.
E, aos trinta e cinco, eu decidi mudar algumas coisas de lugar, rearrumar a casa.
E me pego pensando: até que ponto estou realmente disposta a passar por esse processo? Em nome de quem ou do quê?
Nesses dias que antecedem ao trigésimo quinto eu quero externar algumas coisas, talvez, para que eu mesma venha visitar e reler esta postagem e não mais esquecer.
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