sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Os novos bebês de mamãe!!!

Eu preciso compartilhar isso com vocês! Ganhei nos últimos 30 dias dois presentes muito, muito bons!

R$400,00 para gastar ao meu bel prazer em livros!!! Eu sei, eu sei, isso é muito desagradável... Imagine, SÓ R$400,00...
A pois, vamos aos bebês!!!




 


A Menina que Não Sabia Ler JohnHarding
 "Florence precisa reunir todas as pistas possíveis e encontrar respostas que ajudem a defender o irmão e preservar sua paixão secreta pelos livros – únicos companheiros e confidentes – antes
que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo literário."








Alice: As aventuras de alice no Páis das Maravlihas e  Através do Espelho e o que Alce Encontrou Lá - LEWIS CARROLL 
 "Esta edição de bolso da obra Alice no País das Maravilha conta a história das aventuras de Alice ao cair numa toca de coelho, que a leva a um lugar povoado por criaturas que misturam características humanas e fantásticas..."




 

A Conspiração Francisacana - John Sack

"Em 1230, a Ordem dos Franciscanos dissimulou os estigmas da pele de São Francisco de Assis e escondeu o lugar exato de sua tumba, que só seria descoberta 600 anos depois."
 







 




Água para elefantes -  Sara Gruen


"Aos 23 anos, Jacob era um estudante de veterinária. Mas sua sorte muda quando seus pais morrem em um acidente de carro. Órfão, sem dinheiro e sem ter para onde ir, ele deixa a faculdade antes de prestar os exames finais e acaba pulando em um trem em movimento - o Esquadrão Voador do circo Irmãos Benzini, o maior espetáculo da Terra."

ps.: Eu preferiria a capa original, mas não se acha mais... Não quero o protagonista com Cara de Pattinson!!!!



 

 

O Mágico de Oz - Lyman Frank Baum

 "Em um fabuloso cenário cheio de cores e sonhos, a pequena Dorothy se une ao Espantalho sem Cérebro, o Leão Covarde e o Homem de Lata rumo a grandes aventuras."





Bola de Sebo e outros Contos - Guy de Maupassant


Maupassant revela uma dupla abordagem do homem: por um lado, o meio, influenciando e sendo influenciado por ele; e, por outro, a própria psicologia das personagens, que, a partir de seus conflitos, veem seus anseios e crenças serem realizados ou, não raro, frustrados.

 

 

O Catador de Palavras - Antônio Ventura





“O catador de palavras é, no fundo, um testemunho de vida, aquilo que a vida nos oferece ao seu tempo”. 








Os Três Mosqueteiros - Alexandre Dumas


Dumas conta a história de D'Artagnan, um jovem maltrapilho que sai de casa em seu cavalo maltrapilho em direção a Paris com uma carta de seu pai endereçada ao chefe dos mosqueteiros do rei para conseguir uma vaga na instituição.








Sentimento do Mundo - Carlos Drumond de andrade

"SENTIMENTO DO MUNDO descreve o nosso tempo através de uma visão concreta e cosmopolita, onde o poeta é um privilegiado observador. O populismo, sua recusa e enfim, a lucidez ideológica, presentes na poesia de SENTIMENTO DO MUNDO, faz deste um de seus livros mais políticos. "











Borges Oral e Sete Noites - Jorge Luis Borges
"Em Borges oral (1979) e Sete noites (1980) se acham escritas palavras que brotaram da boca de um narrador cego, que falava como um sábio sibilino e irônico a auditórios do mundo todo."










Nietzsche para Estressados - Allan Percy

"...um manual inteligente e estimulante que reúne 99 máximas do gênio alemão e sua aplicação a várias situações do dia a dia. A sabedoria de Nietzsche é de grande utilidade na busca de uma solução para uma série de problemas, tanto na vida pessoal quanto na profissional. "









A Dócil e O Sonho de Um Homem Ridículo - Fiodor Dostoievski

"Em A dócil, um homem desesperado refaz, diante do cadáver da mulher, a história de seu relacionamento, tentando compreender passo a passo as razões que a levaram ao suicídio. Já em O sonho de um homem ridículo, o narrador, a ponto de acabar com a própria vida, adormece na poltrona diante do revólver carregado."








Vida e Proezas de Alexís Zorbás - Nikos Kazantzákis

"“Pode me levar junto? Sei fazer umas sopas.” É com frases assim que Aléxis Zorbás entra na vida de um jovem intelectual grego prestes a partir para Creta, onde vai explorar uma mina de linhito. Aquele homem com o rosto “cheio de rugas, carcomido, esburacado, como se o sol, o vento e as chuvas o tivessem devorado” passa a ser, então, um importante contraponto para o jovem que quer deixar de ser apenas um “roedor de papéis”.








Amanhã 02 - O Silênicio da Noite - JOHN MARSDEN

"Com quem você pode contar quando o inferno é o único lugar seguro do planeta? O inimigo está ganhando cada vez mais poder, e sua crueldade aumenta a cada minuto."










Artemis Fowl 2: Uma Aventura no Ártico - Eoin Colfer

 O livro traz de volta o anti-herói mal-humorado e pessimista criado pelo irlandês Eoin Colfer. Mal saído da infância, Artemis Fowl é um gênio do crime e único herdeiro do clã Fowl, uma lendária família de personagens do submundo, célebres na arte da trapaça. Artemis se envolve com a perigosa máfia russa para libertar seu pai. Mas dessa vez um plano mirabolante não é suficiente. Ele vai precisar da ajuda de seus arquiinimigos, o povo das fadas.




A Mô deu du Xéuuu Terei de pegar de crédito mais três vidas para dar tempo de ler tudo!!!  TudOOOOOOO!!!!!

 


























segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Pelo que tomamos; e pelo que somos tomados...

Quando era criança, sempre que ouvia a expressão "pelo que me tomas?" - e geralmente em novelas de época mais passadas - ficava me perguntando que negócio é esse de tomar alguém? Rolava uma espécie de efeito "Fantástico Mundo de Bob" e só faltava eu imaginar alguém sendo bebido... Ok, o tempo passou e, enfim, a ficha caiu. Mas, uma pena que não se usa mais, é um arcaísmo... Por que será que as coisas mais bonitas de nossa língua andam caindo por aí heim..(assunto para outro texto)?
Mas o que quero falar aqui é sobre como vemos e somos vistos pelo olhar do outro. Há alguns anos eu conversava com um amigo sobre as pessoas com as quais andamos e temos por amigos. 
Ora mesmo com todos os protestos típicos de quem cursa as humanas, temos de admitir que o ditado "Diga-me com quem andas, que eu te direi quem és" é muito verdadeiro. Não estou aqui dizendo que somos o que são os nossos amigos, mas com certeza, nossas escolhas e amizades que construímos dizem muito sobre nós mesmos.
Neste Natal recebi a mensagem  de um amigo em que se dizia da alegria e o quanto a nossa amizade lhe trazia o orgulho e a felicidade. Fez-me lembrar que muitas vezes minhas primas dizem algo semelhante a mim, falam da importância da minha vida sobre suas vidas. Longe de jogar sobre mim confetes, pelo contrário. Cada vez que ouço ou leio algo do tipo tenho aquela diagonal na barriga, não me sinto nem um pouco, nem mesmo a metade de tudo isso. Me assombro. O fato é que sentimento semelhante, recíproco mesmo é o que tenho por essas pessoas.
Voltando à conversa de alguns anos atrás, eu dizia, e ainda penso assim, que temos por amigos aqueles nos quais nos reconhecemos, só buscamos conselhos daqueles que realmente sabemos que julgamos fazer melhor. O perigo está quando manipulamos esses conselhos, quando já de caso pensado procuramos exatamente aqueles que sabemos que não irão se opor ou que pensam exatamente como queremos. É uma tentação, tendemos a isso, mas é exatamente a qualidade de nossas amizades que nos protegerá dessa armadilha. O legal mesmo é quando não buscamos aquilo que nos agrada nos outros, mas quando reconhecemos e nos agradamos do que é o outro. Naturalmente vamos nos tornando parecidos. À medida em que caminhamos, vamos projetando uns nos outros características que selecionamos, burilamos e refinamos. Mas essas características não são propriamente natas de nós mesmos, muitas, senão a maioria, foram adquiridas na caminhada com outros tantos amigos. 
Eu penso que o melhor da amizade não é você encontrar pares que pensam como você, com gostos e preferências como as suas. Mas o melhor é quando construímos os elos, quando as tantas diferenças nos atraem e nos mostram que não somos unanimidade. E, quando as diferenças não se agridem, estamos prontos para vivermos as semelhanças. Estamos prontos para elogiar e receber elogios.
Hoje pela manhã, pensando na mensagem de natal que recebi, dei-me conta de que,  sim, posso ser tudo isso que dizem sobre mim. E o motivo é muito simples: o que sou é fruto das caminhadas, sou um misto de todo mundo, sou um múltiplo daquilo que deixam em mim. Não estou pronta, nem quero estar. Porque isso tiraria de mim a necessidade do outro. Eu preciso desse outro, preciso constantemente dar de mim para que haja espaço para receber. 
Não tome isso como falta de personalidade, ou inconstância - embora nesse caso a constância não exista mesmo - ser influenciável não é pecado. E o que tenho visto e aprendido é que todo fundamentalismo e radicalismo reflete a dureza que se apodera de nossas almas, quando pensamos ser absolutos. 
Eu só tenho certeza das coisas nas quais eu já fui confrontada. Minha fé só passou a ser legítima quando questionada, comparada à de outros amigos, ou mesmo com a falta de alguma, meus valores, só são valiosos a mim porque descobri outros aos quais eu quis e outros tantos rejeitei. Meus pré-conceitos só se tornaram conceitos na vivência com aquilo que antes eu julgava pelo que diziam.  Se manifestam hoje como posicionamentos.
Obviamente tudo o que sou, todas as escolhas só me foram possíveis  porque recebi durante a minha primeira formação caráter. Esse caráter sempre foi o filtro pelo qual vivenciei cada experiência. E, talvez, isso seja a única coisa realmente minha (embora tenha sido construído em mim), é o peso do prumo pelo qual tudo passa. Afinal, nem todos que eu conheço são meus amigos, e aliás, nem os quero como tal.
Chega uma fase em nossa vida que já somos capazes de identificar o que pode e vale a pena. Muitas vezes, esse reconhecimento, é melhor que a amizade. Ele nos polpa de certas tristezas, e nos permitem o coleguismo. Nesse ano mesmo, em que o valor das amizades revelou-se a mim como o maior tesouro (mais ainda do que eu já o tinha), também descobri que algumas não tentativas de amizade é a melhor forma de aproximação que posso ter de algumas pessoas. Não adianta, como disse mais acima, as diferenças não podem nos agredir, e tentar impor uma amizade esperando mudança da outra parte já é uma traição à relação que se pretende. Não se pode querer a mudança do outro. Isso não é desejar o melhor, é desejar moldar e querer fazer do outro um pedaço de si, isso é manipulação.
Porque amizade é exatemente o movimento contrário,  o reconhecimento de que é você que precisa do outro, é a amizade que ele lhe concede que te melhora.

Hoje só há um sentimento, o de gratidão a todos os meus amados, por me obsequiarem com a sua amizade.

ps.: o título desse texto deveria ser outro, outro, outro, de tanto "outros" que aparece... Mas quem conhecer outros termos que sibtituam o "outro", pode sugerir, e tentarei outra vez fazer as modificações...





domingo, 11 de setembro de 2011

NOTÍCIA VELHA

Normalmente uso esse termo para aquelas notícias que todo mundo já sabe, já ouviu falar e que de vez em quando aparecem na TV ou no rádio com ares de novidade. Ah, pois...
Hoje aconteceu comigo, entretanto, o que me doeu, e muito, foi o fato de, desde o início, conhecê-la já velha.
Contextualizando,  eu acho um s... essa época de 11 de setembro. Primeiro porque acho muito mórbido para além do que já foi horrível mesmo, ficar remoendo o 11 de setembro de 2001. O  caso náo é que eu ache que devamos esquecer o que houve, não é isso. Pelo contrário, devemos sim lembrar, nos compadecermos das vítimas e suas famílias. Mas, é que um mês antes já se anuncia nos jornais de diversas mídias o "mês 11 de setembro", uma semana antes começa a série de reportagens "11 de setembro, 1, 2, ... 10 anos depois", e chega-se ao clímax, "especial 11 de setembro, os sobreviventes do maior ataque terrorista..." Aff, a gente chega a desligar a tv e preferir nem ouvir o rádio. O que mais me irrita é que o ataque às Torres, ao Pentágono e os sequestros dos aviões deveriam ser tratados com mais respeito, com menos espetáculo, deveria ser enxergado como o efeito colateral de uma cultura doentia em que se deve prevalecer a todo e qualquer custo o "american way" de ser.
Apesar de ser o único visto ao vivo, por mim e por muitos, não foi o primeiro, não foi o último, tampouco o pior de todos. Ele é mais assustador a nós que muitos outros porque nos acostumamos a olhar para os EUA como os intocáveis, os insuperáveis, e crer que alguns aldeões fizeram algo daquela proporção nos choca. Mas, deveríamos nos chocar mais com o fato de que esses aldeões afegãos/paquistaneses foram alimentados, ensinados, treinados e armados pelos próprios EUA. Não foram eles que no início dos anos 80 armaram até os dentes os afegãos para vencer os russos e depois os deixou à sorte? Ou melhor à má sorte? 
Muitas outras reflexões cabem aqui, mas por hora essas já nos dizem que não podemos olhar o 11 de setembro de 2011 como um ato bárbarao sem causas que o expliquem. Enfim, sempre que posso evito os especiais 11 de Setembro, nessa época do ano. 
Mas hoje, conheci uma parte da história que me deixou arrasada.. é, não tenho outra expressão que defina melhor o que senti. Assisiti a um vídeo sobre um outro 11 de Setembro, o de 1973, no Chile. Eu fiquei simplesmente horrorizada e arrasada com o que se pode fazer em nome do que se acredita ser melhor para outro país, ou melhor, o que se pode fazer para manter seu sinteresses acima de tudo. Cresceu em mim uma revolta contra os EUA que sempre tento não deixar aflorar, porque tenho de separar governo de população, ao mesmo tempo em que vejo que esta lhe aprova em muitas de suas perversidades, por acreditar que são exemplo de democracia e soberania. Como chorei ao ver o sonho de um povo morrer e ser aniquilado pela covardia. Como me doeu ver imagens de pessoas comuns terem negados os seus direitos, sua liberdade, seu líder. Como foi trsite ver que havia um governo que dava certo, que crescia e que foi destruído e substituído pelas mãos de Ferro de Pinochet, mas mais ainda que ele teve a ajuda militar, claro, do país que julga ser o berço da liberdade. Como chocaram as imagens dos mortos por tentarem resistir, como...
Honestamente, prefiro mesmo não deixar aflorar o sentimento que naturalmente vem ao pensar sobre esses fatos, porque creio que o 11 de setembro de 2001 já é, como disse mais acima, um efeito colateral dessa doença americanista de viver e sujeitar o mundo e que, infelizmente, pode não ser o último. Então, basta ao mal, o seu próprio mal.
Eu me sinto muito triste porque nunca li sobre o 11 de setembro no Chile, eu nunca vi isso em meus livros de história, até agora há pouco sentia-me envergonhada por isso, mas descobri que muitos também não conheciam (em) essa história. Por que cargas d'água eu nunca ouvi falar disso na escola,  por que não aparecem memoriais, documentários e reportagens sobre o que aconteceu com nossos irmãos latinos? Aliás por que somos tão bombardeados por essa cultura estadunidense em detrimento da cultura latina, tão mais próxima e legítima a nós? Céus como me sinto, neste momento, alheia e superficial sobre a história do meu próprio continente. Como me senti roubada de mim mesma.
Eu anseio dias melhores em que conheceremos nossa história sem o vermelhoazul da bandeia estadunidense como filtro, espero que nossos filhos conheçam a história das independências conquistadas a sangue pelo povo, e tenham nelas o real significado do que é independência, do que é de fato ser livre. Que a democracia não se resume ao voto, tampouco que a cidadania é apenas o direito de ir e vir, comprar e vender. 
Há três meses os jovens chilenos iniciaram uma revolução, estão nela agora trabalhadores, homens e mulheres comuns que entendem que a educação é o viés por onde se constrói a identidade de um povo, que não é possível ser livre e viver num estado democrático se não houver conhecimento. Temos a chance de tomarmos o seu exemplo e construirmos também uma nova história, para que não sejamos vítimas ou reponsáveis por outros(s) 11 de Setembro.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Pão diário






Deus nos fala em inúmeros momentos e em infinitas formas. Não tente você jamais limitar quais situações ou maneiras, porque você meu caro perderá o Seu melhor. Agora, neste momento em que estou toda atrasada entre selecionar fotos, olhar e-mails e já deveria ter sáido.. Deus me pegou... rs, Na curva fechada, em poucos minutos foram três formas distintas e cada uma de maneira diversa e todas juntas me preenchem e saciam neste momento. 
Vou compartilhar com vocês o texto "Renúncia" de meu Primo Renato. Tem um sabor especial para mim, ler os textos do Renato, muito do que ele compartilha eu acompanhei, convivi e vivi também (em maior ou menor medida).

bjos a todos

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Homenagem a Deus

Oi amigos, revirandomeus arquivos procurando antiguidades da época de graduação deparei-me com a homenagem que fiz a Deus, e que li em minha formatura. Eu sempre acho, depois de algum tempo de escritos que meus textos poderiam ter ficado melhores. Mas, gostei de reler a mensagem, ela continua atual, talvez porque, de fato, a presença de Deus em minha vida é algo inerente à minha existência. Segue o texto, boa leitura.
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Homenagem a Deus

PAPAI DO CÉU...
Não foi uma tarefa fácil homenagear ao Senhor.
Eu queria mesmo era fazer algo que fosse à sua ALTURA... Inútil, seria impossível descrever com palavras tudo o que o Senhor significa.
            Então lembrei-me de uma música que ouvia quando eu ainda era criança que dizia a respeito de seu amor por nós, mais ou menos assim: Alto é, intransponível, profundo também, mas accessível, a sua extensão é incomparável.... Dei-me conta então que, de fato, poderia ficar horas aqui tentando dizer algo que pudesse expressar o quanto o Senhor foi essencial em toda a nossa jornada pela Faculdade, e talvez não seria suficiente.
            O que de melhor podemos fazer é agradecer a tua fidelidade, sim fidelidade. Ainda que muitas vezes nem nos lembrávamos de te agradecer por providências Literalmente e Literariamente DIVINAS, quando conquistamos vitórias importantíssimas para a nossa carreira, permanecestes fiel a nós.
            É certo que por seres tão escapável às nossas definições alguns até preferiram ignorar a tua existência, preferindo acreditar que o Senhor é uma energia, e em breve todos nós a absorveremos... Seríamos então, pequenos seres divinos... Mas a maioria preferiu te encobrir com as cortinas das religiões, afinal quem poderia suportar algo tão imponente que não é regido, e nem pode ser, pela nossa insignificante lógica e senso de justiça!?
            Que importa?! Importa mesmo é que naqueles que te reconhecem haja um espírito de gratidão. Sim, agradecemos pela força nos momentos em que ninguém poderia dá-la, assim tão grande. Agradecemos pelo crescimento em momentos que fomos desafiados, aborrecidos, corrigidos, certamente injuriados com a realidade, e então... crescemos.
            Agradecemos pelos momentos em que pudemos encontrar o colo da mãe que nos faltava, pela esperança que algumas vezes se esvaecia como nuvens... Pelo abrigo nas tempestades que sobre nossas cabeças armavam e queríamos correr para as cobertas como quando crianças. Muitos invernos... Puxa e que invernos!!! Mas o seu calorzinho esteve sempre lá. E é fácil reconhecer-te nos conselhos e sorrisos amigos, nos Bom Dias calorosos, nos “Eu te amo”, nos abraços de retorno de férias, foram inúmeros momentos, até que, então, formamos.
            Sobretudo quero te agradecer meu Pai por seres tão real e efetivo, o que fazes por nós independente de crermos ou não, de esperarmos ou não. Pela não troca, pois, quem é que poderia oferecer-te algo antes mesmo de recebê-la de ti? Nem todo o conhecimento que aqui encontramos poderia suprir o teu guardar e o teu cuidado.
            Enfim, se todas as coisas refletem o teu amor, eu desejo que possamos ser mais atentos aos teus pequenos recados, como o daquelas pequeninas florzinhas que nascem na encosta do caminho das Moitas. Alunos vêm e alunos vão com ou sem luz no caminho, e as florzinhas continuam lá escondidinhas, indiferentes ao nosso passar e à nossa ignorância sobre elas, delicadas fazendo graça aos olhos de quem por acaso as encontra.
            Que sejamos assim gratos por Tu não nos ignorar, pois de certo, somos maiores que as florzinhas do caminho, mas algumas vezes somos muito pequenos por não conseguirmos ver além de nós mesmos. E ao contrário das florzinhas, gritamos pelas luzes sobre nós.
            Na jornada ainda estamos só começando, ajude-nos Senhor a sermos mais significantes para o próximo, mais presentes para com os que amamos e mais gratos Senhor pelo TEU tão grande AMOR!!!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Poema - O governador Anastasia

O governador Anastasia

O governador Anastasia
veio a Mariana
e passou um mau bocado

O povo vaiou
e vaiou
e vaiou
e vaiou o coitado

O governador entrou na Câmara
os seguranças tentaram regular a entrada
mas o povo invadiu a Câmara
e vaiou
e vaiou
e vaiou
e vaiou a cambada

O governador Anastasia tentou apaziguar
mas o povo não parava de vaiar

Ao sair de Mariana
com um espelho diante de si
disse o bacana
que a cidade é uma vergonha

E o povo vaiava
e vaiava
vaiava que não mais acabava
tanta vaia
produzida pela laia
em sua maioria professores
- frutos e prostitutos
de um governo de horrores

do poeta
Úmero Card'Osso

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Descarrilhando...

Dá o sinal que quero descerrrrrrr!!!!!
Nossa há tempos venho escrevendo sobre a necessidade de mudanças internas e externas.
Caso é que venho sentindo uma insatisfação crescente com a realidade em que vivo, com o lugar em que estou ocupando socialmente. Tenho tentado de algumas maneiras reverter a situação e, talvez, aí esteja problema. Reverter algo, mas, pelo amor de Deus o que é que eu quero reverter? Será que não é exatamente o contrário disso que eu preciso? 
Hoje eu e meu marido conversamos pelo skype com uma amiga muito querida dos tempos de faculdade. Há seis anos ela foi para os EUA participando do programa "Ou pair", foi ser babá em bom português. Formada em letras, uma vida estável no Brasil... Mas, foi mais esperta, descobriu que a vida que estava levando a deixaria doente e que era hora de arriscar, de  agarrar a trança da oportunidade. O que seria um ano virou dois, virou uma graduação em Relações Internacionais, virou uma experiência única, e hoje do outro lado do mundo (NZ) ela se prepara para repensar o que virá agora, quando esse ciclo começa a se fechar. 
Foi muito bom conversar com ela, foi maravilhoso ver como está bem, serena. Tudo está perfeito? Não meu caro leitor, claro que não. Mas é incrível como acreditar em si mesmo tem o poder de transformar totalmente sua realidade. não foi mais fácil para ela do que foi ou será para qualquer outro. Não tem sido fácil. Mas ela está livre, e o melhor é que ela sabe e sente isso, da famigerada covardia. 
O que motivou a escrita desse texto é uma constatação que acabei de ter, antes de decidir fechar o computador: o que venho sentindo e tentando refrear é o impulso de mudar radicalmente o rumo desse comboio que é minha vida [a nem vem, a sua também é: casa, marido, família, pais, emprego, amigos, igreja, etc]. Acontece que o trem já está nos trilhos e avançando e acelerando, não adianta eu negar mais, ou sigo o embalo ou vai descarrilhar tudo...Não adianta mais eu refrear, tentar recuperar a boa e tranquila pacatez com aquilo que está posto.
Tô afim de ousar, e preciso urgentemente encarar e assumir isso. Encarar com ações entende!? Sair da teoria, não é fácil, não mesmo. Para quê eu vou ficar aqui fazendo de conta que amanhã tudo será diferente? Não, vai levar um tempo, espero que não muito.
Mas eu ouvir dizer que o farfalhar das borboletas em uma ilha provoca verdadeiro furacões... Então farfalhemos...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Minas são muitas

Hoje li um texto de meu amigo Danilo Barcelos. Eu realmente fico tentadíssima a escrever quando leio seus textos... Mas, putz... Fico extremamente tímida, quase um medo de ser tosca. Danilo tem a poética da palavra, talvez por isso tudo o que escreve tem o efeito de um bichinho roendo n'alma, como um verminho que entra pelos olhos e vai mexendo e a gente vai sentindo seu minhocar.
Mas, ao tema. Danilo está agora longe, lá pelas bandas capixabas e sente falta desse ar férreo e verde que é Minas. Eu não o culpo, ser daqui e viver aqui é algo que não se conta, é segredo nosso. Mas, não pude deixar de perceber que, embora compartilhe com ele  e outros tantos amigos caros a mim, minha relação com o estado não está tão bem assim.
Sim, claro, eu estou em meio a uma greve que luta desesperadamente para que uma simples lei seja cumprida [outras questões motivam esse engajamento, mas é matéria para outra postagem], então, certamente meu descontentamento também reside na insatisfação com a política do governo estadual para com o funcionalismo público, sobretudo, a educação.
Com a greve, outras coisas têm me saltado aos olhos e eu não posso mais ignorá-las, eu ão consigo achar normal a manipulação das mídias, a indiferença da própria sociedade, a falta de vontade a servilidade. Tenho observado a manipulação de notícas de diversas ordens, tenho visto o dinheiro público sendo gasto DESCARADAMENTE em obras que não trarão benefício algum aos que de fato deveriam, e o pior, tenho visto que poucos, bem poucos se incomodam com isso. Não é que as pessoas não percebem, as pessoas não ligam. Aqui em Minas perde-se a mão, mas não a aparência. Minas não é o berço da iberdade, se foi, isso já acabou há tempos. Não se luta, não se questiona, não se atreve. Não a reconheço mais. Me entristeço porque amo demais esse chão e essa gente, mas não posso mais achar que aqui se respira a liberdade. Em muitos, muitos sentidos mesmo, tenho tido minha visão bloqueada e a voz abafada não mais pelas montanhas, mas pelas cortinas de ferro que se forjaram nesse estado.
O café quentinho com queijo, servido na cozinha, que é onde se recebe os amigos, continua aqui, esperando pelos meus queridos amigos errantes. E assim vai permanecer, quem sabe novos ideais de liberdade não ressurgem de uma boa prosa?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

As palavras e o tempo

Há alguns dias atrás assisti à chamada do programa SEM FRONTEIRAS da Globo News. Fiquei encantada com o texto.
Eu não sei de quem é a autoria, em uma primeira pesquisa eu não encontrei-a.
E fico me perguntando como poucas vezes um texto nos chama tanto à atenção. Como podem algumas palavras nos tocarem tanto. Bem metalinguístico no que diz respeito à mensagem.
Tenho tentado buscar um equilíbrio entre aquilo que sinto, penso e falo. Porque não há uma harmonia natural entre esssas três instâncias. O que há é um exercício de compreensão e superação diária, quase sublimação. 
 As palavras me assustam porque podemos dar e tirar a vida com elas. Podemos animar ou intimidar. Costumo dizer que aprendi a domá-las quando saem de mim, porque sinto que podem sair cortando, rasgando sem possibilidades  aos que as escutam.
 E num tempo em que se diz o que se pensa, que vende-se o consumo, que se crê no que não há, penso que estamos nos perdendo num mundo de palavras.

 Bom, vou dar um tempinho e logo mais volto a escrever sobre isso. Por hora fiquem com o texto que motivou essa postagem.

Foram as palavras e o tempo que os confundiram. Já não compreendem mais uns aos outros. Já não compartilham da mesma história. Esqueceram que um dia foram um só povo. Uma só lingua. E as mesmas palavras”.
***

ah... o tempo... há muito eu venho acreditando que o tempo é o principal agente em nossas vidas, para o bem e para o mal.
Quando nos aliamos a ele, somos capazes de perceber seu movimento. Suas ações a abrandarnos. Ficamos como que curtidos, mais sagazes, algumas vezes conseguimos dar uma rasteira em suas pernas velozes, outras tantas é ele que nos pega na curva e como se dissese: a ha! Cheguei antes colega!


Mas, o tempo também pode ser o nosso pior algoz, pode ser aquele que nos faz lembrar o quanto nos faltou, do que perdemos, do que não racionalizamos e nos escapa. O tempo também cauteriza, encobre feridas, mas se essas não são limpas quando devem, são fechadas com suas sujeiras e infecções e adoecemos lenta e paulatinamete... e já não ouvimos, não sentimos, não desejamos.. Tudo bscurece. E por estarmos obscurecidos não nos enxergamos, não nos registramos mais como capazes de evoluir.


Minha reflexão sobre o tempo então é que prefiro ser sua amiga a negá-lo.