domingo, 10 de julho de 2011

Da viuvez literária

É sempre assim, ao terminar a leitura de uma narrativa, trilogia ou saga... Fico viúva.
Calma, meu marido não morreu (só de raiva nos últimos dois meses de maratona Harry Potter). Neste momento estou em suspensão com  Harry Potter, a todo momento lembrando de ler o que já acabei de ler(até a ficha catalográfica). Sensação esquisita essa de não vê[lê]-lo todos os dias a todo e qualquer intervalinho... A saga acabou, mas os personagens continuam a povoar o meu imaginário, minhas elucubrações (literalmente)... 
Isso sempre acontece.
Ainda hoje me pego pensando em: se viva como estaria Liesel (a roubadora de livros), mas aí me lembro que a morte já a buscara, e então fico pensando em como foram seus últimos dias... e depois de muito pensar caio em mim, vejo a estúpida realidade: Liesel não existiu. Lira (Fronteiras do Universo), a filha de Lorde Asriel, não está, neste momento, noutro mundo paralelo conversando com seu dimom, Mary (A cidade do Sol) não está mais sofrendo, aliás nunca passara por todos aqueles horrores porque, de fato, se quer existiram, nem ela mesma. Harry Potter não está agora celebrando seus 31 anos.
Mas, será que não mesmo? Minha mente recusa-se a despedir dos personagens, é quase um luto. Sinto falta de ler suas venturas e desventuras. Fico deslocada nos horários em que normalmente compartilhava esses momentos.
Eu estou assim hoje, passei o domingo lembrando de personagens que por dois meses acompanhei, suspeitei, gostei. Fazendo conclusões, levantando hipóteses... 
É... diz um velho ditado que um amor se cura com a chegada de um novo. Que venha o próximo!

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