Você pode estranhar um pouco o título dessa postagem.
Enquanto ficaram nessa de contar mortos e a escalada rumo ao nível de risco de radiotividade no Japão, eu tentei, ao máximo não me envolver com a questão, por já ser ela pura e simplesmente muito trágica, realmente muito triste. Mas, hoje, eu fui pega desarmada.
Pois. Primeiro a contextualização:
Nesses dias levei um golpe e tive ameaçada minha estabilidade financeira, na verdade a coisa virou minha vida de pernas para o ar, e isso me atingiu de vária maneiras, inclusive na saúde. Eu vi minha vidinha toda fragilizada, e olha que tenho todos os recursos pra melhorar a situação, e sempre estive ciente disso, o que não impediu de eu sofrer os impactos da situação...
Aí, hoje, assisti a uma reportagem que mostrava, numa das cidades do Japão atingidas pelo terremoto, uma fila quase quilométrica e muito ordeira esperando para entrar no supermecado e pegar de forma racionada alguns alimentos. Logo depois a equipe de reportagem entrevista um homem que não conseguiu mais, aparentemente havia acabado os alimentos. O homem chorava por comida, tudo bem, ele é só mais um entre os milhares e é isso que mais me entristeceu, e eu chorei porque me senti muito mesquinha. Por quê?
Porque me vem a dura realidade de que estive chorando por uma situação totalmente reversível, sem danos materiais permanentes, e sequer tive minha integridade ameaçada. Não é que eu não possa viver uma dor, mas tive vergonha, ficaria emvergonhada se aquele senhor soubesse dessa minha crise de pelanca...
Que Deus me perdoe por duvidar de sua GRAÇA, mais ainda, que ele em sua infinita misericórida sustente com Sua GRAÇA os milhares de japoneses.
Ps.: Meu sério problema, tem dado sinais de que está sendo resolvido...
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