E agora que os céus nos ouviram e a vida deu uma pausa,
o mundo desacelerou.
E o relógio não despertou,
nem o telefone tocou.
E não precisou-se mais de sair às pressas.
Agora o café esfria na mesa,
enquanto se pensa na lista da feira, mas não há feira,
nem quermesse.
No rádio, TV e internet as mesmas velhas notícias.
De um mundo velho, de antigas tristes manias.
Sentimos saudades dos sonhos, empenhamos promessas.
Como quem assina um cheque sem fundos, tendo fé na loteria.
(em construção)
Amo uma frase que atribuem a Ortega y Gasset que diz: “Eu sou eu e as minhas circunstâncias” Esse blog é um espaço em que tento externar essas circunstâncias; o que fervilha em mim, o que tem e o que falta. Puro deleite de falar, nesse caso escrever insanamente. Quem sabe semear um pouquinho de amor e virtudes, e claro, como não poderia deixar de ser - posto que sou circunstâncias - inocular à medida exata meu nem tão suave veneno.
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