Tantos poetas versaram;
Em tantas canções lhe ouvi.
Alguns experimentei, outros tive.
Mas você não estava.
Seu corpo é mais que o físico,
Seu suor, olhos e gozo em mim.
O cheiro e o pulso sobre mim.
O grito contido, a mão que prende.
Abrigo no abraço que me cabe inteira.
É a palavra que vem à boca e engulo; com a minha? Com a sua saliva?
Desesperada, nem sequer pode ou pretende caber em mim, vai vazando pelos poros, gemidos.
Sussurros mudos minando e amolecendo meu corpo...
Que já é nu, que já é seu.
Que só é completo e amansa em Thi.
Que já não quer outro, que sente não precisar mais procurar.
Como Nut deseja Geb, horizonte e estrelas.
E quando afasta estou impregnada,
apaziguada. Mas, logo sedenta.
Seu corpo é como vida que retorna à terra seca. Como sorriso solto, e a gargalhada que fecha os olhos.
Seu corpo...
Seu corpo é você nele.
No seu corpo você se faz.
No seu corpo está você.
Seu corpo é você,
E já não importa corpo morada,
Só o que nele habita.
Você, nada além...
Você.
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