sábado, 18 de março de 2017

Confissões

Eu não sei ser o que se espera.
Não tenho nada que ate.
Não há segredos nem atrativos.
O que sou não é, de fato, muito.
Deve ser mesmo muito pouco.
Talvez seja mais amarga que doce.
Cada vez mais clandestina, e menos apresentável.
Não sei falar do que sinto, não sei nem mesmo se a alguém faria diferença.
Chego sempre atrasada,
Nunca oportuna.
Talvez uma opção, nunca a escolha.
Quem chega,  invaravelmente, parte.
E eu que a vida inteira quis ser parte de alguém.  Vejo sobras de mim irem no vento.
E a cada promessa de nunca mais querer... Fracasso totalmente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário