Eu não sei ser o que se espera.
Não tenho nada que ate.
Não há segredos nem atrativos.
O que sou não é, de fato, muito.
Deve ser mesmo muito pouco.
Talvez seja mais amarga que doce.
Cada vez mais clandestina, e menos apresentável.
Não sei falar do que sinto, não sei nem mesmo se a alguém faria diferença.
Chego sempre atrasada,
Nunca oportuna.
Talvez uma opção, nunca a escolha.
Quem chega, invaravelmente, parte.
E eu que a vida inteira quis ser parte de alguém. Vejo sobras de mim irem no vento.
E a cada promessa de nunca mais querer... Fracasso totalmente.
Amo uma frase que atribuem a Ortega y Gasset que diz: “Eu sou eu e as minhas circunstâncias” Esse blog é um espaço em que tento externar essas circunstâncias; o que fervilha em mim, o que tem e o que falta. Puro deleite de falar, nesse caso escrever insanamente. Quem sabe semear um pouquinho de amor e virtudes, e claro, como não poderia deixar de ser - posto que sou circunstâncias - inocular à medida exata meu nem tão suave veneno.
sábado, 18 de março de 2017
Confissões
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