segunda-feira, 2 de maio de 2016

Do silêncio, do mérito e da incompetência

Meses atrás conheci uma canção que fala sobre como Deus é inexplicável, acima de qualquer definição.  Como em muitas outras canções, menciona-se que no silêncio encontra-se resposta...
Tá... Eu admito... Não acontece isso comigo. Não encontro resposta no silêncio. Não estou dizendo que ela não esteja lá, mas se estiver não a reconheço. E percebo isso porque quando tantas coisas passam pela mente é sinal de que tudo, ou nada, condiz.
O que tenho mais ouvido é que desertos e vales são lugares de aprendizagem. Cara!!! Aí quando acho que to aprendendo, que vai acabar lá vem outra coisa, e não pára não acaba.
Me cansam as fórmulas, teorias e explicações que justificam não se chegar aos pastos verdejantes... O discurso do mérito.
Me cansam porque dão certo gás e se tenta novas atitudes, mas... Na real:
Quem decide o quê? Quem pode fazer algo para mover ou demover uma decisão de Deus? Queeeemmmmmm????
Embarcar na ideia de que se pode fazer algo é muito perigoso. É como fazer um cheque caução, como esperar que Deus se sinta constrangido a cumprir algum compromisso conosco. Não é difícil esbarrarmos  com "Deus vai", "Restitui eu quero de volta o que é meu"...
Oi!?
A única coisa minha e sua, a única coisa que nos cabe por mérito, bem merecido é a certeza da morte.
Tudo é Graça. O sopro de vida é Graça. A misericórdia de Deus em não nos extirpar e banir até nossa poeira e, ainda por cima nos dar salvação em Cristo, retira de nós qualquer tentativa de mérito.
Não ter respostas não significa que não há aprendizagem. Aliás, é o processo, não o resultado, que nos ensina (palavra de prof.).
Assim... O que mais tenho aprendido, com ou sem respostas, no meio da dor: A constatação de minha total incompetência em resolver as coisas mais óbvias e simples. E isso, a absoluta incompetência, me torna dependente. Totalmente dependente dELE.

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