segunda-feira, 2 de maio de 2016

Quando dói

Dói... Porque eu só quis acreditar... Que era possível, que não havia necessidade de inventar. Que eu não valeria o trabalho de um trote.
Dói... Porque decidi acreditar e dar às palavras valor de atitudes.
Dói porque enfim acreditei e, como sempre, a partir daí já não tenho graça.
Dói porque eu ainda quis continuar acreditando, e de novo as atitudes ou a falta delas me mostram que na verdade não estou, nunca estive nos planos .
Eu sou a perfeita que se joga fora, a linda que não serve, a inteligente que incomoda, a sincera inconveniente. Alguém que vale as palavras, as promessas de amor  e valor, mas não  a pena de se fazê-las atitudes. Não valho nem a dignidade de saber a verdade.
Mas dói mesmo porque é triste... Amar deveria ser suficiente, mas não é. Mais um relicário na gaveta.  Dessa vez talvez eu jogue as chaves fora e com elas alguma esperança.


´Nota: 13/7/16
E porque doeu... e decidi deixar doer.. a doença (aquilo que dói continuamente) passou. E mal há cicatrizes. E nessas poucas, a lembrança de que, infelizmente há mesmo pessoas que decidem ser o a pior versão de si mesmas. E o problema não é você confiar, ser inteiro e intenso, o problema é o que fazem com sua confiança, e por isso não custa perceber a hora de parar e se poupar.  

Do silêncio, do mérito e da incompetência

Meses atrás conheci uma canção que fala sobre como Deus é inexplicável, acima de qualquer definição.  Como em muitas outras canções, menciona-se que no silêncio encontra-se resposta...
Tá... Eu admito... Não acontece isso comigo. Não encontro resposta no silêncio. Não estou dizendo que ela não esteja lá, mas se estiver não a reconheço. E percebo isso porque quando tantas coisas passam pela mente é sinal de que tudo, ou nada, condiz.
O que tenho mais ouvido é que desertos e vales são lugares de aprendizagem. Cara!!! Aí quando acho que to aprendendo, que vai acabar lá vem outra coisa, e não pára não acaba.
Me cansam as fórmulas, teorias e explicações que justificam não se chegar aos pastos verdejantes... O discurso do mérito.
Me cansam porque dão certo gás e se tenta novas atitudes, mas... Na real:
Quem decide o quê? Quem pode fazer algo para mover ou demover uma decisão de Deus? Queeeemmmmmm????
Embarcar na ideia de que se pode fazer algo é muito perigoso. É como fazer um cheque caução, como esperar que Deus se sinta constrangido a cumprir algum compromisso conosco. Não é difícil esbarrarmos  com "Deus vai", "Restitui eu quero de volta o que é meu"...
Oi!?
A única coisa minha e sua, a única coisa que nos cabe por mérito, bem merecido é a certeza da morte.
Tudo é Graça. O sopro de vida é Graça. A misericórdia de Deus em não nos extirpar e banir até nossa poeira e, ainda por cima nos dar salvação em Cristo, retira de nós qualquer tentativa de mérito.
Não ter respostas não significa que não há aprendizagem. Aliás, é o processo, não o resultado, que nos ensina (palavra de prof.).
Assim... O que mais tenho aprendido, com ou sem respostas, no meio da dor: A constatação de minha total incompetência em resolver as coisas mais óbvias e simples. E isso, a absoluta incompetência, me torna dependente. Totalmente dependente dELE.