sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Depois...

Depois de algum tempo desacostuma... Já nem lembra que sentira seu corpo vaporando, que o estômago é capaz de dançar, nem mesmo que, ao bater, o coração vibra as costelas. E vai levando a vida sem perceber que nem se vive mais. Então um dia vem um vento e... e aí derruba a sua frágil casinha. Nu diante de si mesmo. Não sabe lidar com aquilo que em todo o tempo esteve ali, tão óbvio, tão forte. Sente saudades do esquecimento, mas já não quer esquecer, porque esquecer é se perder de si. Preferiria não ter sentido, mas agora a certeza da vida, que tudo dentro de si vive.  

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