Como uma draga no fundo de um rio que a tudo puxa e leva para si...
Assim tem sido a impressão que tenho tido da vida nesses últimos dias. A notícia da morte parece sempre nos chocar. Nunca se é uma boa hora para morrer. E, talvez por isso mesmo, nunca pensamos efetivamente na partida, e se pensamos, pensamos em algo para o futuro, quanto mais distante melhor, quanto mais para a velhice que assim o seja. O pedágio pode ser sempre adiado.
E assim lhe evitamos até mesmo em nossos mais ociosos pensamentos.
Mas, o pior é quando ela passa perto de nós, deixa-nos desfalcados dos queridos, e em seu lugar nos obsequia[?] cheiro de cravos...
Sem perceber vamos empobrecendo, menos sorrisos, menos olhares, menos chapéus, menos música! A lista de presentes diminui, há mais lugares na sala.
Assim, drenados continuamente, vamos secando como os malfadados cravos...
Para Zé e Thaís.
http://noredemuinho.blogspot.com.br/2013/08/de-passagem.html
Amo uma frase que atribuem a Ortega y Gasset que diz: “Eu sou eu e as minhas circunstâncias” Esse blog é um espaço em que tento externar essas circunstâncias; o que fervilha em mim, o que tem e o que falta. Puro deleite de falar, nesse caso escrever insanamente. Quem sabe semear um pouquinho de amor e virtudes, e claro, como não poderia deixar de ser - posto que sou circunstâncias - inocular à medida exata meu nem tão suave veneno.
Né, Dézinha. Não tem hora.
ResponderExcluirUm abraço apertado.
O mais rápido possível Welbs!
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