Definitivamente as melhores
coisas da vida, da minha vida, estão direta ou indiretamente ligadas aos anos de
faculdade em Mariana/MG. Eu não sei como
seria outra história.
Ah... eu não era dessas que saía com
os amigos todos os dias, não vivi inúmeras aventuras, nem tirei milhares de
fotos, pouco me lembro de ter ido a algum bar comemorar o que quer que fosse. Mas,
isso pouco determinou a efemeridade ou perenidade de minhas relações.
Por pura procrastinação demorei a
verificar a etimologia[1] da
palavra “Amigo” para confirmar ou refutar as suspeitas. Há um tempo venho
tentando escrever sobre amizade – e, honestamente,
eu sei que esse texto não dará conta da empreitada – Não sei quanto a você, mas
esse é para mim um dos grandes mistérios dessa vida. A pois, vamos ao significado : "Amigo"
vem do latim "amicus", e na sua raiz "amo", que significa
"gostar de", "amar".
Ah... Então é isso mesmo. A coisa
ta pra lá de sentimento, está relacionada mesmo é com atitudes e posicionamentos. Não há outra
razão que justifique a sensação de uma quase euforia quando revejo meus amados.
De repente, estou em casa, completa. O desconforto da despedida, por sua vez, é
cada vez mais dolorido, mais sentido.
Os anos longe de casa fizeram de
meus amigos mais que família, em tudo o que isso implica – em alegrias e
desafetos... – Ao fechar os olhos sou capaz de lembrar de diálogos, de boas
risadas e ótimas “panaiadas[2]”.
Ao voltar para Belo Horizonte, o
contato com muitos deles restringiu-se aos e-mails, orkut e facebook, foram
virtualizando-se. Mas, às vezes ganhamos de presente o prazer de viver
exatamente o inverso, recentemente aprendi o sentido da palavra
desvirtualizar!!!
Os encontros, cada vez mais raros,
mostram que, embora a vida dê a cada um o seu curso, ela também mostra que cria
elos que desconsideram, distâncias e tempo. São feitos dessa matéria incomum, extraída
da alma, e que a gente costuma chamar de amizade.
[1] Pesquisa
rapidinha, só mesmo para ter certeza do que já sabia. Cf http://pt.wikipedia.org/wiki/Amizade.
[2] Nome que
dávamos na república Pocilga ao momento stress de resolver querelas, picuinhas,
lavar as roupas sujas...
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