Vou dar a vocês o saboroso prazer de me acompanhar pela "Saga do dia dos namorados" Na mais bela cidade do mais belo mundo... Brelzonte.
Vamos lá: No sábado à noite depois de sermos entupidos com várias possibilidades, divulgadas pela TV, rádio e net, para aproveitar o domingo romântico, com direito à Fenanda Takai, Paulo Tati, e Milton Nascimento, resolvemos aproveitar.
Bom, decidimos entre os shows "diurnos" porque segunda se trabalha né gente, ou seja, excluímos a possibilidade de irmos ao show do Milton com Maria Gadú.
Por uma questão de acessibilidade, já que no domingo os ônibus que nos levam à praça da Liberdade são limitados, optamos por irmos ao cinema do mais novo shops de BH, o "Boulevard". Sessão às 15:45, um horário bom, levando em conta a preguiça de domingo em que se almoça tarde, caminha-se devagar até a estação de metrô (ah sim, escolhemos esse shoping também porque ele fica praticamente em frente a uma estação de metrô).
Muito bem, saímos para almoçar por volta de uma hora da tarde, quando conseguimos, de fato, almoçar já eram quase duas, porque o restaurante do bairro estava ENTUPIDO, de famílias cujas mães, muito justamente, se recusaram a cozinhar. O problema é que no Bairro só há um restaurante que funciona e bem aos domingos.
Almoçamos um pouco mais rápido do que queríamos, e caminhamos um pouco mais apressadamente do que prevíamos. Ainda assim, tínhamos uma margem de uma hora. Ao decermos em frente ao shoping, 45 minutos antes da sessão do cinema e, enquanto atravessávamos a estreita passarela, que há muito não comporta o fluxo de pedestres, recalculamos a ordem das tarefas para dinamizá-las: Eu compraria os ingressos enquanto meu marido iria ao banco, que ficava próximo, e faria um depósito.
Almoçamos um pouco mais rápido do que queríamos, e caminhamos um pouco mais apressadamente do que prevíamos. Ainda assim, tínhamos uma margem de uma hora. Ao decermos em frente ao shoping, 45 minutos antes da sessão do cinema e, enquanto atravessávamos a estreita passarela, que há muito não comporta o fluxo de pedestres, recalculamos a ordem das tarefas para dinamizá-las: Eu compraria os ingressos enquanto meu marido iria ao banco, que ficava próximo, e faria um depósito.
Ao chegar ao shoping tive um presságio do que vivenciaria, parecia que todos tiveram a mesma ideia, acelerei muito o passo dentro do shoping (claro, tentando parecer civilizada ainda), mas ao chegar ao sagão das salas de cinema não acreditei no que vi, aproximadamente umas trezentas pessoas dispostas em duas filas intermináveis. Uma era a das bilheterias, que começava já na rampa de acesso ao sagão e, ao se aproximar das atendentes dava aquela tradicional voltinha... A segunda, um pouco menor que a outra... Definir qual poderia andar menos devagar consumiu precisos 60 segundos de minha vida [pausa para descrição do raciocínio: a fila de atendentes está enorme, mesmo sendo quatro, não vou ficar menos 40 minutos, e tenho exatamente 40 minutos antes da sessão começar; a fila de autoatendimento, que tem ajudante pode demorar um pouco porque há os analfaburros e lábeis que nunca sabem ao que querem assisitir nem em que lugar se assentar, mas ainda assim é mais provável que ande menos devagar...] obviamente, devido ao número de gente que continuava a chegar, terminei esse precioso raciocínio alguns segundos depois de já ter me posicionado no, agora antepenúltimo lugar da fila de autoatendimento. - já falei que era domingo e que deveríamos estar agindo preguiçosamente?
Meu raciocínio estava certo quanto à capacidade de ir mais devagar... mas sabe como é a maldição das filas, a do lado de repente dispara... e não adianta você ir para ela, porque o problema é mesmo a sua má sorte.... E eu não trocaria agora o meio da fila para me arriscar a mofar no final da outra que, agora já passava da rampa e do hall do cinema...
Pois, a capacidade do ser humano em ser incapaz é algo surpreendente, deveria ser objeto de estudos científicos...
Os lábeis todos decidiram ir para a fila de autoatendimento, e o pior, lábeis orgulhosos, todos, praticamente todos, recusavam a ajuda da atendente, era algo de suporar qualquer paciência.
Agora só me restavam dez minutos, e as duas filas paradas... Meu marido chegou, não conseguiu fazer o depósito, os funcionários não abasteceram os caixas de envelopes, obrigatórios para as operações no fim de semana...
Fiquei pensando que, se talvez ele não tivesse ido, ele poderia estar mais à frente na outra fila, mas há coisas que são dispensáveis dizer [se você ainda tem a mínima esperança de um dia dos namorados romântico]...
Os lábeis todos decidiram ir para a fila de autoatendimento, e o pior, lábeis orgulhosos, todos, praticamente todos, recusavam a ajuda da atendente, era algo de suporar qualquer paciência.
Agora só me restavam dez minutos, e as duas filas paradas... Meu marido chegou, não conseguiu fazer o depósito, os funcionários não abasteceram os caixas de envelopes, obrigatórios para as operações no fim de semana...
Fiquei pensando que, se talvez ele não tivesse ido, ele poderia estar mais à frente na outra fila, mas há coisas que são dispensáveis dizer [se você ainda tem a mínima esperança de um dia dos namorados romântico]...
Agora faltavam cinco minutos, e ainda restavam umas 40 pessoas à minha frente, dois minutos e ainda 35 pessoas, a sessão já começara e ainda restavam 30 pessoas. Saí da fila, o tesão de entrar na sala e escolher o lugar - prazer já retirado de mim pelo sistema, assisitir aos trailers e programar as próximas vindas ao cinema acabara de me ser retirado e, por fim, não receberia um deconto por assisitir àpenas uma parte do filme, afinal se eu tivesse de ficar até o fim, permaneceria lá por pelo menos mais trinta minutos.
Sem show, sem cinema e agora sem passagens...êita vida besta!
Sem show, sem cinema e agora sem passagens...êita vida besta!